O TERCEIRO MANDAMENTO

sábado, 13 de agosto de 2016



Êxodo 20.7
Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão
Antes de falarmos acerca do terceiro mandamento, trago a memória as palavras escritas pelo apóstolo João em sua primeira epístola, quando referindo-se a situação espiritual do mundo disse, “o mundo inteiro jaz no maligno”. Porque João disse isso? Porque o deus desse século, desde a transgressão de Adão, tem acorrentado com o pecado toda a raça humana, de maneira tão ferrenha, que o ser humano tornou-se incapaz de por si mesmo livrar-se dos grilhões do pecado.
A partir de então, o homem mergulhou num abismo profundo, num gigantesco tremedal de lama, que com o passar do tempo foi tornando-se mais intenso, angustiante e dominador.
O fato é que a raça humana que antes do pecado original era orientada e conduzida por Deus. Após a introdução do mal no mundo, o homem extrapolou e continua extrapolando todos os limites de perversidade, e toda sorte de maldade, que nem mesmo o ser de Deus tem sido respeitado ou honrado.
Grandes peças teatrais, programas humorísticos e novelas, estão com os seus scripts recheados de piadas, expressões de completo desrespeito envolvendo o nome Santo de Deus. Portanto, parar para refletir acerca do terceiro mandamento é realmente de estrema relevância para a igreja do Senhor no presente século.
O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
É importante observar, que cada mandamento tem sua ênfase. Esse terceiro mandamento, fala exclusivamente acerca da santidade de Deus. Seu nome revela seu caráter, sua essência, aquilo que ele realmente é. Refletir nesse mandamento, deve levar-nos a compreensão de que Deus é santo, e sermos mais criteriosos no falar, pensar e agir quando o assunto for o ser de Deus, para não ferirmos o terceiro mandamento.
Esse mandamento começa com uma proibição, seguida de uma razão suprema. Diante desse fato, chegamos à conclusão de que existem inúmeras razões, pelas quais devemos observar o terceiro mandamento. Dentre elas, destaca-se o seu caráter legal. Estamos tratando de uma das cláusulas da lei de Deus, e lei não se discute, não se questiona, lei se cumpre. É interessante que as vezes encontramos dentro do próprio cristianismo, pessoas querendo discutir aquilo que está devidamente expresso nas Escrituras, como se as elas não fossem normativas, como se a lei de Deus permitisse o ser humano emitir sua opinião (concordância ou discordância) com relação àquilo que Deus como juiz determinou como lei. A lei foi dada por Deus para que o homem a cumpra.
Com relação ao terceiro mandamento, o Senhor proibiu terminantemente o uso do seu nome de forma indevida. Ele disse: “Êxodo 20. 7 Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão...” Isso faze-nos entender, que o nome de Deus deve ser visto por cada um de nós com toda reverência. O próprio Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos a orar pedindo a Deus para que o seu nome fosse santificado, dizendo, Santificado seja o teu nome. Davi entendeu a santidade do nome do Senhor ao conclamar a nação israelita a reder a Deus toda honra e glória. No Salmo 29. 1-2 ele disse: “Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.” E João quando escreveu a revelação que Deus lhe deu na Ilha de Pátimos registra a letra de um cântico que glorifica a Deus dizendo: “...e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos. Ap. 15.3-4”. Portanto, o nome de Deus revela sua santidade, seu caráter, e a lei soberana proíbe o uso indevido desse nome Santo.
Existem várias formas de se tomar o nome de Deus em vão. Uma delas é a negligência no serviço sagrado – Chamamos de serviço Sagrado, todos os nossos atos de culto. Em Malaquias no capítulo 2 no verso 2 está escrito: “Malaquias 2:2 Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.” Os sacerdotes deixaram de honrar o nome de Deus e passaram a correr em busca de honra pra si mesmos. Isso significa que seus corações não estavam no culto, no serviço sagrado, mas em seus interesses pessoais. E isso é muito comum acontecer. Corremos um risco muito grande de usar o culto a Deus para atrai a glória para nós mesmo. E as vezes as pessoas começam a procurar seus próprios interesses, e a criar suas manobras, para que seus desejos se cumpram, se concretizem. Isso aconteceu com os sacerdotes, e acontece ainda hoje. E assim como Deus reprovou os sacerdotes, também reprova com maldição todos quanto assim agirem.
É preciso que cada um que professa o nome de Deus, entenda que o culto não é seu, a adoração não é sua e a glória também não é sua e sim de Deus, unicamente de Deus. Sendo assim, quando o homem cultua irreverentemente, julgando ser correta e aceitável qualquer forma de culto, sem analisar aquilo que as Escrituras determinam como correto, viola o terceiro mandamento, Deus é Santo, e não aceita que seu nome seja cultuado segundo as normas humanas. “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Amós 5.21-23”. Não podemos oferecer no culto aquilo que queremos e sim aquilo que Deus determina que seja oferecido, isso é lei.
Outra forma de se tomar o nome de Deus e vão, é por meio dos juramentos não cumpridos. (votos / promessas) O voto é uma promessa que o homem faz a Deus. Ao se fazer um voto ao Senhor, o crente deve apresar-se para cumprir aquilo que prometeu. Em Deuteronômio está escrito: Deuteronômio 23:21 Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Essa mesma preocupação estava presente no escritor do livro de Eclesiastes que diz: “Eclesiastes 5:4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Eclesiastes 5:4-5
Às vezes, as pessoas se tornam membros de uma determinada igreja local, fazem uma série de votos no ato de profissão de fé, prometendo sustentar financeiramente a igreja local com os seus dízimos e ofertas. Divulgar e propagar o evangelho da graça inclusive com a vida. Os pais prometem trazer seus filhos à igreja, orar com eles e ensinar-lhes os princípios norteadores das Escrituras Sagradas, e com o passar do tempo esses votos que são realizados tomando a igreja e o próprio Deus por testemunha são negligenciados, e o nome de Deus em situações dessa natureza é facilmente usado de forma indevida.
Verdade é, que violar o terceiro mandamento, é muito mais comum do que muitas vezes se imagina. Por essa razão, devemos orar suplicando ao Senhor que nos livre de profanar seu santo nome.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.










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