A RECONSTRUÇAO DA ALMA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. Jo. 3.7
          A vida espiritual do homem pode ser comparada a construção de um edifício. As atitudes humanas, seus conceitos e valores, são como tijolos usados nessa construção. O grande problema, é que cada ser humano existente na face da terra é um edifício erguido com enormes trincas em suas paredes, as quais vieram a existir como consequência de uma estrutura problemática, um alicerce deficiente. Essas trincas, quando cobertas com massas, causam a falsa impressão de que tudo está muito bem, mas na verdade tal edifício pode ruir a qualquer momento. Não há construção que resista, quando sua estrutura, está condenada.
      Quando Adão pecou lá no jardim do Éden, condenou toda a raça humana a escravidão do pecado. Seu ato inconsequente foi à causa principal da exposição humana a toda espécie de tentação maligna, e rebeldia contra o criador. A partir de então, o ser humano passou a existir no mundo como um edifício com trincas nas paredes, provocadas por problemas na estrutura. E, a única forma de solucionar esse problema, é a demolição total do edifício, e a reconstrução de um novo alicerce, e novas paredes.
      O Senhor Jesus disse tudo isso ao usar a expressão, “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” Não adianta o homem passar por uma transformação externa se o seu interior não mudar. Se não houver uma regeneração verdadeira em seu interior, a mera mudança externa equivale à atitude de um construtor imprudente que resolveu passar massa numa parede cheia de trincas, com a finalidade de mudar apenas a aparência. Certamente tal construção cairá.
      Por essa razão, aqueles que possuem a responsabilidade de anunciar o evangelho da graça regeneradora, devem cuidar, para que não caiam na tentação de produzir sermões em série, cujo conteúdo visa massagear o ego das pessoas, fazendo com que elas sintam-se bem, porque isso não adianta. 
      Restaurar a autoestima de uma pessoa sem que tal criatura prove o real arrependimento, pode ser extremamente danoso para sua alma. Um dia, o Senhor Jesus virá como juiz, e não poupará quaisquer espécies de impiedade revestida de uma aparência cristã. Antes, devemos pregar, que todo homem deve se arrepender de seus pecados, deixar seus maus caminhos, e confessar o Senhor Jesus como único e suficiente salvador de sua vida, para que possa herdar a eternidade com os santos de Deus, no reino dos céus. “Tem que nascer de novo” disse Jesus. Esse novo nascimento consiste na remoção da estrutura danificada, e na nova construção realizada pelo Espírito Santo de Deus no velho homem, transformando-o em uma nova criatura, para glória de Deus pai. Deus tira o coração pedra, e coloca um novo coração, um coração de carne, sensível a sua voz. A velha natureza é substituída pela nova natureza, o velho se faz novo e tudo muda.
Deus seja louvado.                       

QUEM DESEJA ACEITAR JESUS?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


      Esses dias uma senhora ao conversar comigo sobre uma visita que fez a uma das igrejas evangélicas de sua cidade, demonstrou seu desconforto, no momento em que a reunião naquela igreja terminou, e o líder religioso que estava à frente do trabalho publicamente a perguntou: “Você deseja aceitar Jesus com seu salvador?” o “apelo” repetiu-se por longos quinze minutos, que mais parecera uma eternidade! Tais palavras eram repetidas insistentemente, enquanto todos a olhavam esperando uma resposta a pergunta que lhe era feita. Constrangida, e cercada por curiosos que pegavam seu braço no intuito de levantá-lo como um sinal visível de aceitação. Aquele foi para ela, o pior momento de sua vida. Ela não sentia paz no coração, muito menos regozijo por ser conduzida praticamente à força para frente do altar daquela igreja. Não como uma serva reconhecendo a soberania do seu Senhor, e sim, como uma "novilha" sendo levada para o sacrifício.
      Cenas como essa, repetem-se com frequência em muitos lugares. Além de causar extremo constrangimento, fere frontalmente à sã doutrina. 
     Existem centenas de líderes oferecendo o Senhor Jesus, como se ele fosse uma mercadoria que se coloca na frente de uma loja em promoção, no final do estoque. Esquecem-se de que o homem não tem o poder ou a capacidade de escolher a Cristo, o senhor deixou essa verdade absoluta muito clara quando disse, em João 15:16 “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós...” A impressão que temos, é que muitos pregadores da atualidade, não se conformam com a pregação da autentica palavra de Deus, eles necessitam apelar para o extra bíblico, (apelo) como se pudessem dar uma forcinha ao Espírito Santo de Deus, para que uma ou mais vidas sejam regeneradas.
     Como igreja, devemos proclamar o evangelho da graça, sem apelar para métodos e invenções humanas, e, confiar na obra do Espírito Santo de Deus, que é o único que convence o homem. “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo Jo. 16.8”.
Que o Senhor tenha misericórdia dos que se utilizam desses métodos biblicamente infundados
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

O PASTOR E A POLÍTICA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
1 Timóteo 3.1
          Observando as propagandas eleitorais no rádio e na televisão, é possível perceber que existem muitos pastores envolvidos no mundo político. É claro que um ministro eclesiástico é um cidadão como todos os outros, e portanto tem o direito de interessar-se pelo bem estar de sua nação, estado ou município. No entanto é pertinente ressaltar a incompatibilidade existente o ministério pastoral e o envolvimento e a política secular. É certo que tanto a igreja, quanto os cargos públicos, necessitam de homens piedosos, com os corações cheios de temor a Deus. Mas cada peça deve ser colocada em seu divido lugar, para não causar danos às partes.
          Ser pastor, é uma tarefa árdua, exige-se muita entrega e dedicação e à função.
          Torna-se difícil entender como é possível um ministro eclesiástico tornar-se um político eficiente em território nacional, e, simultaneamente pastorear a igreja do Senhor. Como tal pessoa irá suprir as carências espirituais do seu rebanho? Como dar assistência aos novos conversos que surgirem na congregação? Como elaborar os sermões que por si só exigem tempo e dedicação especial para ministrá-los nas várias reuniões da semana? Como irá visitar os enfermos? Conciliará as seções de aconselhamento na igreja ou mesmo nos lares, com as várias seções que existem nas câmaras federais, estaduais, ou no Senado federal?
          Possivelmente, os muitos pastores que disputam cargos políticos, não pararam ainda para fazer uma análise introspectiva, com o objetivo de descobrir o que realmente Deus quer para as suas vidas. Se tais candidatos deixassem os objetivos pessoais de lado, e fossem transparentes consigo mesmos, perguntariam: Deus me chamou para o ministério pastoral ou para ser um político em minha nação? Ou, minha função é apascentar o rebanho do Senhor, ou governar meu estado, município etc.
          Uma análise mais aprofundada sobre essa questão, possivelmente levaria muitos pastores que desejam concorrer a cargos públicos, a repensar seriamente em seus ministérios. Afinal, todo líder eclesiástico deve entender que a igreja do Senhor necessita de pastores para que por meio da ministração das Escrituras, cresça na graça e no conhecimento do Senhor e não de políticos. Se, porém, a obsessão por um cargo público persistir no coração do pastor, possivelmente seja uma indicação de que está na hora da liderança da igreja, ser contatada, com a finalidade de providenciar um licenciamento ou substituição pastoral, uma vez que tanto a política quanto o ministério pastoral exigem certo grau de exclusividade, para que as partes não fiquem desassistidas, ou negligenciadas, que é o que tem acontecido.   
          Não há nada mais sublime e honroso, do que desenvolver o ministério pastoral. Nenhum cargo público é mais nobre do que apascentar o rebanho do Senhor. E todo pastor, consciente do seu chamado ministerial, deve contentar-se com sua função, uma vez que segundo o apóstolo Paulo, “se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

 
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