Eleição incondicional! Uma verdade incontestável

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


            A eleição incondicional, é um dos pilares de sustentação da teologia reformada. Trata-se da doutrina bíblica, que aborda a forma livre e soberana com que Deus em sua infinita graça e misericórdia, escolheu parte da humanidade caída, para ser co-herdeira com Cristo do seu reino de glória. Em toda a bíblia, é possível encontrar inúmeras passagens que atestam essa inequívoca verdade. No evangelho de João, encontra-se uma das mais extraordinárias passagens bíblicas que atestam à veracidade do fato. Disse Jesus: “João 15:16 não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”. Diante de passagens como essas, o clássico apelo “quem quer aceitar a Jesus como o seu salvador?”, normalmente realizada pelos adeptos do arminianismo, torna-se completamente desprovida de fidelidade bíblica, uma vez que o próprio Jesus afirmou que a referida escolha, não é uma iniciativa humana.

O apóstolo Paulo ao escrever a sua carta a igreja de Roma, (a mais teológica das cartas) trata exaustivamente sobre essa doutrina, e diz: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”.
          A eleição incondicional enaltece a soberania de Deus, e destaca a incapacidade do homem em fazer algo que seja capaz de livrá-lo da condenação eterna.
Todos os que fazem parte hoje do reino de Deus, foram por ele predestinados (escolhidos), e no tempo por Deus determinado foram chamados, e justificados. Rm. 8.30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. À luz desse texto, observa-se que em todos os casos, o homem (sujeito passivo) sofre a ação de Deus, (Sujeito ativo) jamais o inverso.
          Ao negar a eleição incondicional o homem comete vários pecados, entre eles a atribuição de inverdades e contradições nas Escrituras Sagradas. Se o próprio cristo disse, Jo. 15.16 - Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós... Estaria o Senhor dizendo uma inverdade? Obviamente que não! Não o escolhemos, ele que nos escolhe e nos aceita e seu reino de glória. De igual modo o apóstolo Paulo nos diz, “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade. Ef. 1.4-5
          Outro grave pecado o homem comete ao negar a doutrina da eleição incondicional, é a atribuição de falhas aos planos e decretos de Deus. Se a vontade de Deus é que absolutamente todos os homens indistintamente sejam salvos, como ensina a teologia arminiana, o que não acontecerá, e sabemos disso, inevitavelmente não podemos deixar de questionar: O plano de Deus falhou? Claro que não! A bíblia diz Jô. 42. 2 – Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Se houvesse em Deus a vontade (um plano) Salvífico para todos os seres humanos indistintamente, sem sombra de dúvidas todos seriam salvos, quem pois poderia impedir o agir de Deus? Is. 43.13 - Agindo eu, quem o impedirá?
          Não tem como fugir da realidade bíblica! Deus não falha, não mente e não muda. A eleição incondicional é uma verdade, incontestável. E todos que a negam estão em grande pecado. Que o Senhor tenha misericórdia dos que assim procedem.
         Deus seja louvado.
         Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

A RECONSTRUÇAO DA ALMA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. Jo. 3.7
          A vida espiritual do homem pode ser comparada a construção de um edifício. As atitudes humanas, seus conceitos e valores, são como tijolos usados nessa construção. O grande problema, é que cada ser humano existente na face da terra é um edifício erguido com enormes trincas em suas paredes, as quais vieram a existir como consequência de uma estrutura problemática, um alicerce deficiente. Essas trincas, quando cobertas com massas, causam a falsa impressão de que tudo está muito bem, mas na verdade tal edifício pode ruir a qualquer momento. Não há construção que resista, quando sua estrutura, está condenada.
      Quando Adão pecou lá no jardim do Éden, condenou toda a raça humana a escravidão do pecado. Seu ato inconsequente foi à causa principal da exposição humana a toda espécie de tentação maligna, e rebeldia contra o criador. A partir de então, o ser humano passou a existir no mundo como um edifício com trincas nas paredes, provocadas por problemas na estrutura. E, a única forma de solucionar esse problema, é a demolição total do edifício, e a reconstrução de um novo alicerce, e novas paredes.
      O Senhor Jesus disse tudo isso ao usar a expressão, “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” Não adianta o homem passar por uma transformação externa se o seu interior não mudar. Se não houver uma regeneração verdadeira em seu interior, a mera mudança externa equivale à atitude de um construtor imprudente que resolveu passar massa numa parede cheia de trincas, com a finalidade de mudar apenas a aparência. Certamente tal construção cairá.
      Por essa razão, aqueles que possuem a responsabilidade de anunciar o evangelho da graça regeneradora, devem cuidar, para que não caiam na tentação de produzir sermões em série, cujo conteúdo visa massagear o ego das pessoas, fazendo com que elas sintam-se bem, porque isso não adianta. 
      Restaurar a autoestima de uma pessoa sem que tal criatura prove o real arrependimento, pode ser extremamente danoso para sua alma. Um dia, o Senhor Jesus virá como juiz, e não poupará quaisquer espécies de impiedade revestida de uma aparência cristã. Antes, devemos pregar, que todo homem deve se arrepender de seus pecados, deixar seus maus caminhos, e confessar o Senhor Jesus como único e suficiente salvador de sua vida, para que possa herdar a eternidade com os santos de Deus, no reino dos céus. “Tem que nascer de novo” disse Jesus. Esse novo nascimento consiste na remoção da estrutura danificada, e na nova construção realizada pelo Espírito Santo de Deus no velho homem, transformando-o em uma nova criatura, para glória de Deus pai. Deus tira o coração pedra, e coloca um novo coração, um coração de carne, sensível a sua voz. A velha natureza é substituída pela nova natureza, o velho se faz novo e tudo muda.
Deus seja louvado.                       

QUEM DESEJA ACEITAR JESUS?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


      Esses dias uma senhora ao conversar comigo sobre uma visita que fez a uma das igrejas evangélicas de sua cidade, demonstrou seu desconforto, no momento em que a reunião naquela igreja terminou, e o líder religioso que estava à frente do trabalho publicamente a perguntou: “Você deseja aceitar Jesus com seu salvador?” o “apelo” repetiu-se por longos quinze minutos, que mais parecera uma eternidade! Tais palavras eram repetidas insistentemente, enquanto todos a olhavam esperando uma resposta a pergunta que lhe era feita. Constrangida, e cercada por curiosos que pegavam seu braço no intuito de levantá-lo como um sinal visível de aceitação. Aquele foi para ela, o pior momento de sua vida. Ela não sentia paz no coração, muito menos regozijo por ser conduzida praticamente à força para frente do altar daquela igreja. Não como uma serva reconhecendo a soberania do seu Senhor, e sim, como uma "novilha" sendo levada para o sacrifício.
      Cenas como essa, repetem-se com frequência em muitos lugares. Além de causar extremo constrangimento, fere frontalmente à sã doutrina. 
     Existem centenas de líderes oferecendo o Senhor Jesus, como se ele fosse uma mercadoria que se coloca na frente de uma loja em promoção, no final do estoque. Esquecem-se de que o homem não tem o poder ou a capacidade de escolher a Cristo, o senhor deixou essa verdade absoluta muito clara quando disse, em João 15:16 “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós...” A impressão que temos, é que muitos pregadores da atualidade, não se conformam com a pregação da autentica palavra de Deus, eles necessitam apelar para o extra bíblico, (apelo) como se pudessem dar uma forcinha ao Espírito Santo de Deus, para que uma ou mais vidas sejam regeneradas.
     Como igreja, devemos proclamar o evangelho da graça, sem apelar para métodos e invenções humanas, e, confiar na obra do Espírito Santo de Deus, que é o único que convence o homem. “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo Jo. 16.8”.
Que o Senhor tenha misericórdia dos que se utilizam desses métodos biblicamente infundados
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

O PASTOR E A POLÍTICA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
1 Timóteo 3.1
          Observando as propagandas eleitorais no rádio e na televisão, é possível perceber que existem muitos pastores envolvidos no mundo político. É claro que um ministro eclesiástico é um cidadão como todos os outros, e portanto tem o direito de interessar-se pelo bem estar de sua nação, estado ou município. No entanto é pertinente ressaltar a incompatibilidade existente o ministério pastoral e o envolvimento e a política secular. É certo que tanto a igreja, quanto os cargos públicos, necessitam de homens piedosos, com os corações cheios de temor a Deus. Mas cada peça deve ser colocada em seu divido lugar, para não causar danos às partes.
          Ser pastor, é uma tarefa árdua, exige-se muita entrega e dedicação e à função.
          Torna-se difícil entender como é possível um ministro eclesiástico tornar-se um político eficiente em território nacional, e, simultaneamente pastorear a igreja do Senhor. Como tal pessoa irá suprir as carências espirituais do seu rebanho? Como dar assistência aos novos conversos que surgirem na congregação? Como elaborar os sermões que por si só exigem tempo e dedicação especial para ministrá-los nas várias reuniões da semana? Como irá visitar os enfermos? Conciliará as seções de aconselhamento na igreja ou mesmo nos lares, com as várias seções que existem nas câmaras federais, estaduais, ou no Senado federal?
          Possivelmente, os muitos pastores que disputam cargos políticos, não pararam ainda para fazer uma análise introspectiva, com o objetivo de descobrir o que realmente Deus quer para as suas vidas. Se tais candidatos deixassem os objetivos pessoais de lado, e fossem transparentes consigo mesmos, perguntariam: Deus me chamou para o ministério pastoral ou para ser um político em minha nação? Ou, minha função é apascentar o rebanho do Senhor, ou governar meu estado, município etc.
          Uma análise mais aprofundada sobre essa questão, possivelmente levaria muitos pastores que desejam concorrer a cargos públicos, a repensar seriamente em seus ministérios. Afinal, todo líder eclesiástico deve entender que a igreja do Senhor necessita de pastores para que por meio da ministração das Escrituras, cresça na graça e no conhecimento do Senhor e não de políticos. Se, porém, a obsessão por um cargo público persistir no coração do pastor, possivelmente seja uma indicação de que está na hora da liderança da igreja, ser contatada, com a finalidade de providenciar um licenciamento ou substituição pastoral, uma vez que tanto a política quanto o ministério pastoral exigem certo grau de exclusividade, para que as partes não fiquem desassistidas, ou negligenciadas, que é o que tem acontecido.   
          Não há nada mais sublime e honroso, do que desenvolver o ministério pastoral. Nenhum cargo público é mais nobre do que apascentar o rebanho do Senhor. E todo pastor, consciente do seu chamado ministerial, deve contentar-se com sua função, uma vez que segundo o apóstolo Paulo, “se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

NÃO TENHO TEMPO PARA DEUS

terça-feira, 31 de agosto de 2010

 “Não fui à igreja ontem porque não tive tempo
          Afirmações como essa, tem se tornado cada vez mais frequente nos últimos dias. A agitação, a correria que o mundo moderno impõe a sociedade, aparece como a causa primeira do esvaziamento dos templos nos cultos semanais.
          Diante dessa realidade, surge a pergunta: “Não seria uma perversa estratégia do inimigo manter o povo de Deus extremamente ocupado, ao ponto de não sobrar tempo para o ato de culto? ” É perfeitamente possível! Uma vez que esse método foi empregado por Faraó com a intenção de impedir que os israelitas buscassem o Senhor seu Deus. Êxodo 5. 7-8 “Não tornareis a dar, como dantes, palha ao povo, para fazer tijolos; vão eles mesmos, e colham palha para si. Também lhes imporeis a conta dos tijolos que dantes faziam; nada diminuireis dela; porque eles estão ociosos; por isso clamam, dizendo: Vamos, sacrifiquemos ao nosso Deus”. Na ocasião em que Faraó determinou que o povo trabalhasse exaustivamente, sua intenção era que Deus não fosse invocado e consequentemente o livramento almejado pelos israelitas não se tornasse uma realidade. Hoje, estamos constatando essa mesma realidade! As pessoas se envolvem demais com as ocupações diárias, umas necessárias e outras tantas não, de maneira que não tem sobrado tempo para buscar a Deus.
          Cristo condenou a ocupação demasiada com os afazeres desta vida, na ocasião em que esteve com Marta e Maria. Diz a bíblia: “Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me. Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada.” Lc 10.40-42
          A boa parte era está aos pés do Senhor ouvindo seus ensinamentos.
É claro que não estou afirmando que devemos abandonar nossos compromissos, e passar a frequentar todas as reuniões existentes na comunidade cristã, é óbvio que não! Mas, a palavra de Deus é bem clara quando nos adverte dizendo que não devemos deixar de nos reunir, como muitos faziam e estão fazendo. “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia. Heb 10:25”.
          Não podemos nos envolver com tantos afazeres a ponto de não termos tempo de buscar ao Senhor. Lembremo-nos de que há um tempo determinado para todas as coisas debaixo do céu, disse o escritor no livro de Eclesiastes no capítulo 3:1-9 “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz. Que proveito tem o trabalhador naquilo com que se fadiga? ”.
           De fato, que proveito tem o trabalhador naquilo com que se fadiga, se não buscar a Deus enquanto se pode achar?  
Portanto trabalhe, divirta-se, mas não se esqueça de Buscar ao Senhor.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso. 

O cristão e sua influencia no mundo pós-moderno

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
Nas últimas décadas o cristianismo mundial tem sofrido significativamente, com os atos vergonhosos e desprezíveis, de algumas pessoas que se denominam cristãs. O impacto negativo de um mau exemplo proporcionado por um “cristão” é o suficiente para macular anos de trabalho sério e consistente espiritualmente falando. Conheço comunidades cristãs, que há muito estacionaram por esse motivo. Diante de tal constatação, devemos atentar com maior diligência, para a palavra de Cristo, proferida no sermão do monte, “Vós sois o sal da terra...”. Para melhor compreensão do verso em questão, se faz necessário entender o contexto da passagem em questão. É fato, que há uma quantia exorbitante de sal na região onde O Senhor proferiu tal sermão (região do mar Morto), e, com o intuito de elucidar seu ensino, O mestre faz o uso contextualizado do sal, com a finalidade de advertir seus discípulos, quanto à postura ideal que eles teriam que desenvolver enquanto verdadeiros discípulos aqui na terra. É inequívoca, a afirmação de que a lição do Senhor aos seus discípulos estende-se a todos os demais cristãos espalhados em toda parte da terra, desde aqueles que foram testemunha ocular, até mesmo os que virão à existência antes de sua segunda vinda.
Atentemos, pois para as observações que se seguem:  
1.      Como SAL o Cristão deve influenciar e jamais ser influenciado
Pervertido como está, a sociedade na qual estamos inseridos encontra-se farta de maus exemplos. Cumpre-se a cada dia, a palavra que o apóstolo Paulo falou ao jovem Timóteo em sua segunda epístola dizendo: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. 2 Tm. 3.1-5.” Diante da veracidade de tais realidades, viver um cristianismo autentico, é no mínimo uma questão imperativa. A sociedade não precisa mais de maus exemplos! Isso ela tem de sobra. O cristão não tem que receber a influencia de pessoas cuja vida não possua respaldo escriturístico. Afinal, não foi para viver como quem não tem normas sagradas como regra de santo viver que o Senhor o chamou. Foi por entender dessa forma, que Paulo Usou em sua epístola aos romanos no capítulo 6.1-2, as seguintes expressões: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?”, a ideia que permeia essa verdade é a de que não tem sentido um cristão viver na prática do pecado como vivem os ímpios, uma vez que Cristo o libertou do império das trevas. Em outras palavras, se somos cristãos, não devemos receber influência pecaminosa deste mundo. Antes, devemos influenciar com o testemunho prático de um santo viver.
O SAL não recebe influência dos demais ingredientes, pelo contrário, ele os influencia.         
2.      Como SAL o cristão retarda a corrupção das demais substancias
Essa segunda observação me faz lembrar o texto de Gênesis capítulo 18.22-33, onde encontramos Abraão e sua postura intercessora. V.24-26 “Se houver, porventura, cinquenta justos na cidade, destruirás ainda assim e não pouparás o lugar por amor dos cinquenta justos que nela se encontram? Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra? Então, disse o SENHOR: Se eu achar em Sodoma cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a cidade toda por amor deles.” O fato, é que havia naquela cidade um homem a que Abraão amava, e que no fundo por ele intercedia junto ao Senhor. E não foi destruída a cidade enquanto Ló de lá não foi retirado. Dessa mesma forma acontece em nossos dias, pois esse mundo ainda não foi destruído, por causa da presença de um povo que atua nesse mundo como sal, transmitindo sabor, e preservando da corrupção outros elementos.
Com tudo isso, afirmo que não tem sentido viver nesse mundo, sem um bom testemunho de vida cristã. Com sal, precisamos salgar e influenciar, marcar positivamente, e jamais ser marcado pelas obras das trevas. Por essa razão, O cristão deve exercer Influência positiva no mundo pós-moderno.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

Igrejas Rotativas

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Há muitos anos pela graça de Deus, estou envolvido na vida ministerial.  Ao longo de todo esse tempo, presenciei muitos fatos dignos de admiração, e outros tantos, merecedores de esquecimento.
Essa semana, ao abrir o templo da igreja onde sou pastor para realizar o culto doutrinário como é costume nosso, recebi a visita de um jovem, aparentemente um ambulante me oferecendo alguns adesivos personalizados do tipo: “Jesus te ama” ou “Deus seja louvado etc.” Estávamos apenas nós dois no templo até aquele momento, foi ai que sutilmente fui indagado: “essa igreja tem propósitos?” Propósitos? Questionei! Não demorou muito para entender que o que aquele rapaz chamava de “propósito”, era uma referencia as campanhas financeiras realizadas na igreja onde ele fazia parte. E ele continuou: “Nós temos que fazer nossas campanhas e Deus vendo nosso esforço nos concederá as bênçãos matérias que queremos.” Ele falava muito! Eu encontrei um espaço para lhe perguntar: “Qual sua igreja?” Ele respondeu: já passei por muitas igrejas. Um pouco aqui, um pouco ali, um pouco acolá.
Imediatamente pensei: Esse é o perfil de um membro de uma igreja rotativa. Ele não para em um só lugar porque necessita de novidades, por isso anda tanto em busca do “novo”. Esse “novo” é a oferta propulsora de muitas indústrias disfarçadas de igrejas. Igrejas, diga-se de passagem, que na prática ensina aos seus fieis, a insuficiência da bíblia e a necessidade de “propósitos” financeiros como fundamento para a aquisição de bênçãos. Como se Deus cobrasse para abençoar alguém! Estão sempre super lotadas, mas nem sempre das mesmas pessoas. Porque elas passam e vão para outra igreja em busca de novidades, porque com o tempo tudo se torna uma mesmice.
As denomino de igrejas rotativas, porque estão sempre criando novos métodos para alcançar novos fiéis, sem se importar com o real ensino a bíblico. Tais igrejas se multiplicam velozmente, e fortemente se estabelece como “evangélicas”. Mas na verdade, elas envergonham o evangelho do Senhor Jesus, e, maculam a santidade de Deus, uma vez que adultera os princípios norteadores da Bíblia Sagrada.

A Herança Desprezada

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Atualmente estamos vivendo um período intenso de profunda crise espiritual, entre as famílias.
É comum encontrar famílias inteiras reunidas, para as mais diversas atividades, ou comemorações. Reúnem-se para se comemorar um aniversário, para assistir uma partida de futebol, reúnem-se até mesmo para a partilha de anedotas, o que é muito comum principalmente entre os jovens.
No entanto, tornou-se uma raridade encontrar famílias inteiras reunidas para um simples ato de culto, ainda que doméstico. Aliás, boa parte das pessoas hoje em dia acha que reunir-se com a finalidade de prestar culto a Deus em família é pura perca de tempo. O que é lamentável! Diante do exposto, não podemos fugir da dura realidade que nossa geração está enfrentando. A terrível crise espiritual! E isso é reflexo de uma herança desprezada. Refiro-me a catequização da posteridade familiar, que está cada vez mais escassa.
O escritor aos provérbios certa vez disse: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Pv.22.6
Por que existe tanta desgraça dentro dos lares? Nas famílias? O motivo não é outro senão, a falta de ensino dos santos estatutos do Senhor. Nunca houve tanta negligencia em relação ao ensino da palavra de Deus entre as famílias como nos atuais dias. E o resultado, é uma terrível inversão de valores. Muitos pais estão ensinando seus filhos a mentirem. Por meio de maus exemplos mães ensinam suas filhas a prática da infidelidade, a violência é incitada no lugar do perdão, e, a família está sendo destruída. Como os pais precisam atentar para provérbios 18:9 que diz: “Quem é negligente na sua obra já é irmão do destruidor. Ao ler textos como Deuteronômio 11:19, Ensinai-as (a lei) a vossos filhos, falando delas assentados em vossa casa, e andando pelo caminho, e deitando-vos, e levantando-vos”. Podemos perceber o porquê do caos espiritual estabelecido no meio das famílias. Não há ensino, não há devoção, não pode haver comunhão com Deus.
O perceptível desprezo para com a lei de Deus entre as famílias, é a colheita de uma plantação maldita que muitos estão vivendo.
Sabiamente Jesus disse: “Porque não se colhem figos de espinheiros, nem dos abrolhos se vindimam uvas. Lc. 6.44” e o apóstolo Paulo reforça essas palavras dizendo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Gl.6.7”  
É isso que está acontecendo! A lei moral de Deus não é ensinada de pai para filho, a maldição se perpetua dentro das famílias, e o resultado é o que vemos hoje. Tudo isso é fruto de uma herança desprezada, a transmissão da lei moral.

Evangélicos! Porém idólatras.

Durante séculos a igreja evangélica tem se caracterizado, pelo combate aos ensinamentos oriundos de quaisquer fontes cuja essência não seja sacro escriturística. Entre tantos combates, encontra-se a idolatria, o culto e a adoração aos ídolos. No Nordeste brasileiro, por exemplo, os evangélicos não admitem os passeios  festivos e tradicionais, também chamados de "romarias" feitos pelos católicos apostólicos romanos a lugares que são ícones da fé católica. No Juazeiro do Norte - CE é forte a veneração ao Padre Cícero Romão Batista. Milhares de seguidores enfrentam as mais adversas condições climáticas anualmente só para tocar, ainda que por breve tempo a imagem erguida em um dos pontos estratégicos da cidade. Em poção, pequena cidade situada no interior de Pernambuco, a gratidão aos ídolos, são manifestadas por meio da entrega de réplicas de partes do corpo humano, feitas de madeira, como pernas, braços etc. essas réplicas, são depositadas em um local onde todos possam ver a manifestação de gratidão dos fiéis. Tais atos são contrários a palavra de Deus, e eu não os defendo. A bíblia é clara quando afirma: "Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o Senhor, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam meus mandamentos." Diante de tais imperativos, cale-se toda a terra. No entanto, me intriga a forma a incoerente praticada pela igreja evangélica brasileira, quando o assunto é idolatria. Às vezes me pergunto: Por que criticar os católicos que se dirigem aos lugares que eles denominam de santos, e lá, vão com o intuito de conhecer e prestar culto, se na prática a igreja evangélica faz o mesmo? Será o não conhecimento da orientação apostólica  que diz: "Portanto, meus amados, fugi da idolatria?" Sim! Nos últimos anos, o número de denominações evangélicas que estão viajando para Israel, aumentou consideravelmente. as propagandas em prol das viagens para a terra santa, se intensificam, e pastores apelam para o uso de termos como: "Venha conhecer a Terra Santa" ou "sua vida não será mais a mesma depois dessa viagem" e, "pise no mesmo chão que pisou Moisés" etc... Como se não bastasse, muitos irmãos nossos, estão investindo financeiramente nessas viagens, e sob a influencia de líderes adeptos do que chamo de "idolatria evangélica" estão violando a Santa lei de Deus. Crentes já batizados, estão viajando para Israel, e lá se rebatizando no Rio Jordão, porque foi lá que Cristo se batizou. líderes e religiosos que tais cousas praticam, não atentam para a palavra de Deus na epístola de Paulo aos  Efésios  4.5, que diz: "uma só fé, um só batismo..." Não são poucos os irmãos que viajam a Israel, e voltam trazendo em suas bagagens, óleo santo de Israel; a água do rio Jordão; um galho da oliveira judaica; a terra do monto Sinai; etc. Existem até pastores que estão distribuindo em suas igreja o oléo feito exatamente com a mesma receita que usava  o Sacerdote Arão! "O cúmulo do absurdo".

Até quando essa idolatria evangélica continuará no meio entre o público evangélico brasileiro? Não estou de forma alguma afirmando que se você for a Israel estará cometendo pecado, não! fazer viagem turística não é pecaminoso. Mas, a prática da idolatria é pecaminosa em quaisquer circunstancias. Se rebatizar no rio Jordão, andar com a terra do monte Sinai dentro da bolsa, andar com a água do rio Jordão e o óleo da unção de Israel em um recipiente par usar quando estiver com algum problema, é cometer o pecado da idolatria. E não fomos chamados para isso! "fugi da idolatria" Disse o apóstolo Paulo em 1 CO. 10.14. 
Portanto, antes de observar o argueiro no olho das demais pessoas, é melhor cuidar em retirar a trave que está no teu próprio olho disse Jesus. Mt. 7.3





Sintomas de Uma Graça Deturpada

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus... Ef. 2.8

Originalmente graça é um favor destinado ao homem, sem que este esboce qualquer esforço para merecê-la. Dai, afirmarmos teologicamente, que graça é um favor imerecido. Porém, não é isso que vemos nos mais variados púlpitos espalhados em nosso país! Pouco se prega o verdadeiro evangelho da graça, e muito se cobra por uma graça recebida. Quem nunca viu ou ouviu em determinadas instituições, fiéis serem desafiados a participar de campanhas financeiras, como parte do SACRIFÍCIO para obter determinada graça? Apelos fervorosos são feitos nos púlpitos para que os adeptos de determinados seguimentos religiosos, contribuam financeiramente, e alcancem o que denominam de "milagre". Até mesmo por uma simples oração, costuma-se cobrar nos dias de hoje! São "sintomas de uma graça deturpada", que aprisiona e oprime seus ouvintes, condenando-os as algemas da ignorância. Lembro-me de um cantor evangélico, que voltou de uma de suas apresentações, abismado com o que viu e ouviu em uma dessas igrejas deturpadoras da fé. Em seu amargurado relato, podia-se perceber, a decepção que o abatia, ao ver uma senhora suplicando oração a um determinado líder religioso, e não ser contemplada por não possuir cinquenta reais naquele momento! Um verdadeiro absurdo! Os que tais atos praticam, prestarão contas a Deus, por tamanha agressão à sua palavra. E os que deles são vítimas, nada sabem acerca  da real graça de Deus. Nada sabem, porque estão bebendo de uma fonte corrupta, e nada saberão, se a igreja do Senhor fechar os olhos para essa atitudes desprovidas de bases bíblicas. É preciso que no levantemos e a uma digamos, que as bênçãos que Deus em sua infinita graça destinou a seus filhos, em nada assemelha-se ao que está sendo anunciado nesse lugares. A começar pela Salvação! Que muitos estão como cegos tateando no escuro, fazendo campanhas e mais campanhas para alcançá-la.  Quando a palavra de Deus diz que "pela graça sois salvos"... Essa afirmação é maravilhosa, pois Segundo o que aqui está escrito, o homem não tem que fazer campanhas para alcançar sua salvação, é gratuita, apesar de não a merecermos. É favor imerecido, e, tem um efeito presente, é hoje! E por mais que o homem se esforce para a obter, jamais alcançará tal objetivo, por ser tal graça um dom imerecido de Deus, destinado aqueles a quem ele escolheu. Foi por entender esse princípio, que Paulo escreveu aos romanos dizendo: "Assim,pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia". Rm. 9.16 Sendo assim, não podemos nos calar diante dos falsos ensinos que se propagam em nossa sociedade. Como igreja do Senhor, ergamos a vós e combatamos tais heresias.

A Síndrome de Lameque

sábado, 14 de agosto de 2010

"E disse Lameque as suas esposas: Ada e Zilá, Ouvi-me; vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu. E um rapaz porque me pisou. Gn. 4:23

Era uma segunda feira, dia 09/08/2010, dia em que eu estava assistindo um dos telejornais em minha residência, quando fui surpreendido com a notícia de um homem de 45 anos de idade, voltava para sua casa, juntamente com sua mulher e filhos em seu carro. Aparentemente nada de anormal nisso, quer dizer: Nada de anormal, se a continuação da matéria, não se tratasse de mais um desvairo, um ato de selvageria urbana como tantos outros que se tornaram comuns nas grandes cidades. Pois bem! Aquele pai de família, ao passar por outro carro acidentalmente bateu seu retrovisor no carro que vinha em sua direção. Foi ai que a tragédia aconteceu! O dono do carro cujo retrovisor foi arrancado, desceu furioso e começou a atirar como um louco desenfreado contra os ocupantes do veículo que com ele se chocou, chegando a atingir uma criança de apenas 14 anos de idade. E como se não bastasse, assassinou o pai de família que conduzia aquele veículo envolvido no triste acidente. Diante de cenas e/ou relatos como esses, torna-se indispensável os seguintes questionamentos: Por que tanta crueldade? Que mundo é esse em que estamos vivendo? Necessariamente tais indagações exigem respostas, e as daremos à luz da palavra de Deus, usando o texto de Gênesis 4.23, onde encontramos uma atitude não menos cruel, que a que aqui narramos.
É certo que esse é apenas mais um caso de violência! Diante do exposto, podemos entender melhor, "ainda que de certa forma que fora de contexto" porém muito bem empregado para esclarecimento do fato ocorrido no dia 08, a famosa frase citada por Salomão em Eclesiastes 1.9 - que diz: "nada há que seja novo debaixo do sol"! É verdade, nem mesmo um ato de selvageria como esse, haja vista, termos um exemplo bíblico tão terrível quanto. Refiro-me ao perverso Lameque descendente de Caim, que em tom ameaçador dirige-se as suas esposas nos seguintes termos: "Ada e Zilá ouvi-me, vós, mulheres de Lameque, escutai o que passo a dizer-vos: Matei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou". Por que será que o perverso Lameque direcionou tais informações a Ada e a Zilá? Será que foi apenas a título de informação? Ou teria Lameque coragem para do mesmo modo proceder para com suas esposas? Sabe-se lá! Você duvida? O fato, é que a população mundial esboça com muita naturalidade, seus atos de violência no transito, nas escolas, nas casas, etc. Denomino tais atitudes de " A SÍNDROME DE LAMEQUE" Pois é o mesmo mal que ele sofria. E quanto a reação que hoje vemos em nossos contemporâneos, pode-se dizer que trata-se da mesma reação que Lameque teve no momento em que foi pisado. Ele, simplesmente matou! Da mesma forma com que as pessoas simplesmente matam hoje. É como se a vida humana não tivesse valor algum aos seus olhos. Mata-se por matar, feri-se por ferir.
Quanto aquelas perguntas feitas no início, deixe-me responder: Sabe por que tanta crueldade? Porque a natureza que existe em boa parte dos homens existente em nossa sociedade, ainda é a mesma que existia no perverso Lameque. Ou seja: A natureza pecaminosa, herança de Adão. E quanto ao mundo em que vivemos, bom! Quanto a esse, basta dizer que jaz no maligno (1 João 5:19)

 
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