Êxodo 20.7
“Não tomarás o nome do Senhor,
teu Deus, em vão, porque o Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome
em vão”
Antes de falarmos acerca do terceiro
mandamento, trago a memória as palavras escritas pelo apóstolo João em sua
primeira epístola, quando referindo-se a situação espiritual do mundo disse, “o
mundo inteiro jaz no maligno”. Porque João disse isso? Porque o deus desse
século, desde a transgressão de Adão, tem acorrentado com o pecado toda a raça
humana, de maneira tão ferrenha, que o ser humano tornou-se incapaz de por si
mesmo livrar-se dos grilhões do pecado.
A partir de então, o homem mergulhou num
abismo profundo, num gigantesco tremedal de lama, que com o passar do tempo foi
tornando-se mais intenso, angustiante e dominador.
O fato é que a raça humana que antes do
pecado original era orientada e conduzida por Deus. Após a introdução do mal no
mundo, o homem extrapolou e continua extrapolando todos os limites de
perversidade, e toda sorte de maldade, que nem mesmo o ser de Deus tem sido
respeitado ou honrado.
Grandes peças teatrais, programas
humorísticos e novelas, estão com os seus scripts recheados de piadas,
expressões de completo desrespeito envolvendo o nome Santo de Deus. Portanto,
parar para refletir acerca do terceiro mandamento é realmente de estrema
relevância para a igreja do Senhor no presente século.
O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o
Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
É importante observar, que cada mandamento
tem sua ênfase. Esse terceiro mandamento, fala exclusivamente acerca da
santidade de Deus. Seu nome revela seu caráter, sua essência, aquilo que ele
realmente é. Refletir nesse mandamento, deve levar-nos a compreensão de que Deus
é santo, e sermos mais criteriosos no falar, pensar e agir quando o assunto for
o ser de Deus, para não ferirmos o terceiro mandamento.
Esse mandamento começa com uma proibição,
seguida de uma razão suprema. Diante desse fato, chegamos à conclusão de que
existem inúmeras razões, pelas quais devemos observar o terceiro mandamento. Dentre
elas, destaca-se o seu caráter legal. Estamos tratando de uma das cláusulas da
lei de Deus, e lei não se discute, não se questiona, lei se cumpre. É
interessante que as vezes encontramos dentro do próprio cristianismo, pessoas
querendo discutir aquilo que está devidamente expresso nas Escrituras, como se
as elas não fossem normativas, como se a lei de Deus permitisse o ser humano
emitir sua opinião (concordância ou discordância) com relação àquilo que Deus
como juiz determinou como lei. A lei foi dada por Deus para que o homem a
cumpra.
Com relação ao terceiro mandamento, o
Senhor proibiu terminantemente o uso do seu nome de forma indevida. Ele disse: “Êxodo 20. 7 Não tomarás
o nome do Senhor, teu Deus, em vão...” Isso faze-nos entender,
que o nome de Deus deve ser visto por cada um de nós com toda reverência. O
próprio Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos a orar pedindo a Deus para que
o seu nome fosse santificado, dizendo, Santificado seja o teu nome. Davi
entendeu a santidade do nome do Senhor ao conclamar a nação israelita a reder a
Deus toda honra e glória. No Salmo 29. 1-2 ele disse: “Tributai
ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao
SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.”
E João quando escreveu a revelação que Deus lhe deu na Ilha de Pátimos registra
a letra de um cântico que glorifica a Deus dizendo: “...e
entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo:
Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e
verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não
glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as
nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram
manifestos. Ap. 15.3-4”. Portanto, o nome de Deus revela sua santidade,
seu caráter, e a lei soberana proíbe o uso indevido desse nome Santo.
Existem várias formas de se tomar o nome
de Deus em vão. Uma delas é a negligência no serviço sagrado – Chamamos de
serviço Sagrado, todos os nossos atos de culto. Em Malaquias no capítulo 2 no
verso 2 está escrito: “Malaquias 2:2 Se o não ouvirdes
e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos
Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já
as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.” Os
sacerdotes deixaram de honrar o nome de Deus e passaram a correr em busca de
honra pra si mesmos. Isso significa que seus corações não estavam no culto, no
serviço sagrado, mas em seus interesses pessoais. E isso é muito comum
acontecer. Corremos um risco muito grande de usar o culto a Deus para atrai a
glória para nós mesmo. E as vezes as pessoas começam a procurar seus próprios
interesses, e a criar suas manobras, para que seus desejos se cumpram, se
concretizem. Isso aconteceu com os sacerdotes, e acontece ainda hoje. E assim
como Deus reprovou os sacerdotes, também reprova com maldição todos quanto
assim agirem.
É preciso que cada um que professa o nome
de Deus, entenda que o culto não é seu, a adoração não é sua e a glória também
não é sua e sim de Deus, unicamente de Deus. Sendo assim, quando o homem cultua
irreverentemente, julgando ser correta e aceitável qualquer forma de culto, sem
analisar aquilo que as Escrituras determinam como correto, viola o terceiro
mandamento, Deus é Santo, e não aceita que seu nome seja cultuado segundo as
normas humanas. “Aborreço, desprezo as vossas festas e
com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me
ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem
atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o
estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.
Amós 5.21-23”. Não podemos oferecer no culto aquilo que queremos e sim
aquilo que Deus determina que seja oferecido, isso é lei.
Outra forma de se tomar o nome de Deus e
vão, é por meio dos juramentos não cumpridos. (votos / promessas) O voto é uma
promessa que o homem faz a Deus. Ao se fazer um voto ao Senhor, o crente deve
apresar-se para cumprir aquilo que prometeu. Em Deuteronômio está escrito: Deuteronômio 23:21 Quando
fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o
SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado.
Essa mesma preocupação estava presente no escritor do livro de Eclesiastes que
diz: “Eclesiastes 5:4 Quando a Deus fizeres algum voto,
não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que
fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Eclesiastes 5:4-5”
Às vezes, as pessoas se tornam membros de
uma determinada igreja local, fazem uma série de votos no ato de profissão de
fé, prometendo sustentar financeiramente a igreja local com os seus dízimos e
ofertas. Divulgar e propagar o evangelho da graça inclusive com a vida. Os pais
prometem trazer seus filhos à igreja, orar com eles e ensinar-lhes os
princípios norteadores das Escrituras Sagradas, e com o passar do tempo esses
votos que são realizados tomando a igreja e o próprio Deus por testemunha são
negligenciados, e o nome de Deus em situações dessa natureza é facilmente usado
de forma indevida.
Verdade é, que violar o terceiro
mandamento, é muito mais comum do que muitas vezes se imagina. Por essa razão,
devemos orar suplicando ao Senhor que nos livre de profanar seu santo nome.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.
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