O TERCEIRO MANDAMENTO

sábado, 13 de agosto de 2016



Êxodo 20.7
Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão
Antes de falarmos acerca do terceiro mandamento, trago a memória as palavras escritas pelo apóstolo João em sua primeira epístola, quando referindo-se a situação espiritual do mundo disse, “o mundo inteiro jaz no maligno”. Porque João disse isso? Porque o deus desse século, desde a transgressão de Adão, tem acorrentado com o pecado toda a raça humana, de maneira tão ferrenha, que o ser humano tornou-se incapaz de por si mesmo livrar-se dos grilhões do pecado.
A partir de então, o homem mergulhou num abismo profundo, num gigantesco tremedal de lama, que com o passar do tempo foi tornando-se mais intenso, angustiante e dominador.
O fato é que a raça humana que antes do pecado original era orientada e conduzida por Deus. Após a introdução do mal no mundo, o homem extrapolou e continua extrapolando todos os limites de perversidade, e toda sorte de maldade, que nem mesmo o ser de Deus tem sido respeitado ou honrado.
Grandes peças teatrais, programas humorísticos e novelas, estão com os seus scripts recheados de piadas, expressões de completo desrespeito envolvendo o nome Santo de Deus. Portanto, parar para refletir acerca do terceiro mandamento é realmente de estrema relevância para a igreja do Senhor no presente século.
O terceiro mandamento diz: “Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor Não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
É importante observar, que cada mandamento tem sua ênfase. Esse terceiro mandamento, fala exclusivamente acerca da santidade de Deus. Seu nome revela seu caráter, sua essência, aquilo que ele realmente é. Refletir nesse mandamento, deve levar-nos a compreensão de que Deus é santo, e sermos mais criteriosos no falar, pensar e agir quando o assunto for o ser de Deus, para não ferirmos o terceiro mandamento.
Esse mandamento começa com uma proibição, seguida de uma razão suprema. Diante desse fato, chegamos à conclusão de que existem inúmeras razões, pelas quais devemos observar o terceiro mandamento. Dentre elas, destaca-se o seu caráter legal. Estamos tratando de uma das cláusulas da lei de Deus, e lei não se discute, não se questiona, lei se cumpre. É interessante que as vezes encontramos dentro do próprio cristianismo, pessoas querendo discutir aquilo que está devidamente expresso nas Escrituras, como se as elas não fossem normativas, como se a lei de Deus permitisse o ser humano emitir sua opinião (concordância ou discordância) com relação àquilo que Deus como juiz determinou como lei. A lei foi dada por Deus para que o homem a cumpra.
Com relação ao terceiro mandamento, o Senhor proibiu terminantemente o uso do seu nome de forma indevida. Ele disse: “Êxodo 20. 7 Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão...” Isso faze-nos entender, que o nome de Deus deve ser visto por cada um de nós com toda reverência. O próprio Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos a orar pedindo a Deus para que o seu nome fosse santificado, dizendo, Santificado seja o teu nome. Davi entendeu a santidade do nome do Senhor ao conclamar a nação israelita a reder a Deus toda honra e glória. No Salmo 29. 1-2 ele disse: “Tributai ao SENHOR, filhos de Deus, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da santidade.” E João quando escreveu a revelação que Deus lhe deu na Ilha de Pátimos registra a letra de um cântico que glorifica a Deus dizendo: “...e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos. Ap. 15.3-4”. Portanto, o nome de Deus revela sua santidade, seu caráter, e a lei soberana proíbe o uso indevido desse nome Santo.
Existem várias formas de se tomar o nome de Deus em vão. Uma delas é a negligência no serviço sagrado – Chamamos de serviço Sagrado, todos os nossos atos de culto. Em Malaquias no capítulo 2 no verso 2 está escrito: “Malaquias 2:2 Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.” Os sacerdotes deixaram de honrar o nome de Deus e passaram a correr em busca de honra pra si mesmos. Isso significa que seus corações não estavam no culto, no serviço sagrado, mas em seus interesses pessoais. E isso é muito comum acontecer. Corremos um risco muito grande de usar o culto a Deus para atrai a glória para nós mesmo. E as vezes as pessoas começam a procurar seus próprios interesses, e a criar suas manobras, para que seus desejos se cumpram, se concretizem. Isso aconteceu com os sacerdotes, e acontece ainda hoje. E assim como Deus reprovou os sacerdotes, também reprova com maldição todos quanto assim agirem.
É preciso que cada um que professa o nome de Deus, entenda que o culto não é seu, a adoração não é sua e a glória também não é sua e sim de Deus, unicamente de Deus. Sendo assim, quando o homem cultua irreverentemente, julgando ser correta e aceitável qualquer forma de culto, sem analisar aquilo que as Escrituras determinam como correto, viola o terceiro mandamento, Deus é Santo, e não aceita que seu nome seja cultuado segundo as normas humanas. “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer. E, ainda que me ofereçais holocaustos e vossas ofertas de manjares, não me agradarei deles, nem atentarei para as ofertas pacíficas de vossos animais cevados. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Amós 5.21-23”. Não podemos oferecer no culto aquilo que queremos e sim aquilo que Deus determina que seja oferecido, isso é lei.
Outra forma de se tomar o nome de Deus e vão, é por meio dos juramentos não cumpridos. (votos / promessas) O voto é uma promessa que o homem faz a Deus. Ao se fazer um voto ao Senhor, o crente deve apresar-se para cumprir aquilo que prometeu. Em Deuteronômio está escrito: Deuteronômio 23:21 Quando fizeres algum voto ao SENHOR, teu Deus, não tardarás em cumpri-lo; porque o SENHOR, teu Deus, certamente, o requererá de ti, e em ti haverá pecado. Essa mesma preocupação estava presente no escritor do livro de Eclesiastes que diz: “Eclesiastes 5:4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. Eclesiastes 5:4-5
Às vezes, as pessoas se tornam membros de uma determinada igreja local, fazem uma série de votos no ato de profissão de fé, prometendo sustentar financeiramente a igreja local com os seus dízimos e ofertas. Divulgar e propagar o evangelho da graça inclusive com a vida. Os pais prometem trazer seus filhos à igreja, orar com eles e ensinar-lhes os princípios norteadores das Escrituras Sagradas, e com o passar do tempo esses votos que são realizados tomando a igreja e o próprio Deus por testemunha são negligenciados, e o nome de Deus em situações dessa natureza é facilmente usado de forma indevida.
Verdade é, que violar o terceiro mandamento, é muito mais comum do que muitas vezes se imagina. Por essa razão, devemos orar suplicando ao Senhor que nos livre de profanar seu santo nome.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.










O SEGUNDO MANDAMENTO

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Êxodo 20:4-6
Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
A ênfase do segundo mandamento é a proibição do relacionamento idólatra entre o homem e Deus. A idolatria é uma prática abominável aos olhos do Senhor, porque ela desvia a glória que somente a Deus é devida, e a direciona a outros seres que na verdade não são merecedores. A bíblia está sempre exortando o povo quanto a não existência de outro Deus.  Em Deuteronômio 6:4  está escrito, Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. No intuito de esclarecer melhor esse fato, voltemos nossa atenção para o texto de Êxodo 20:4 que diz: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. ”
Perceba que o segundo mandamento diz, “Não farás para ti imagem de escultura...” Para que se entenda com maior clareza esse mandamento, se faz necessário compreender o significado do termo latría, que é uma expressão latina, e literalmente significa a mais alta forma de cultuar a Deus. Daí é possível compreender porque Deus proibiu o povo de Israel de fazer imagens de escultura. O culto deveria ser prestado somente a Deus e não as imagens de escultura. A expressão conjugada: “Idolatria” então, significa culto ao ídolo. O pecado de idolatria, ou seja a adoração a uma imagem de escultura, era castigado na lei de Deus com a pena de morte, quer fosse cometido por um único indivíduo, ou por uma comunidade. Em êxodo 22. 20 está escrito: “Quem sacrificar aos deuses e não somente ao SENHOR será destruído.” E em Deuteronômio 13. 12-16 o escritor sagrado registrou as seguintes palavras: “Quando em alguma das tuas cidades que o SENHOR, teu Deus, te dá, para ali habitares, ouvires dizer que homens malignos saíram do meio de ti e incitaram os moradores da sua cidade, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses, que não conheceste, então, inquirirás, investigarás e, com diligência, perguntarás; e eis que, se for verdade e certo que tal abominação se cometeu no meio de ti, então, certamente, ferirás a fio de espada os moradores daquela cidade, destruindo-a completamente e tudo o que nela houver, até os animais. Ajuntarás todo o seu despojo no meio da sua praça e a cidade e todo o seu despojo queimarás por oferta total ao SENHOR, teu Deus, e será montão perpétuo de ruínas; nunca mais se edificará. Deuteronômio 13. 12-16”.  Por que tamanha severidade da parte de Deus? Por que a idolatria é a transferência da glória que somente a Deus é devida para outro ser ou objeto indevido de culto. E a bíblia é extremamente clara ao dizer: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura. Isaías 42:8”.
Portanto, o segundo mandamento proíbe a fabricação de imagens de escultura, e a bíblia declara que aquele que empenhar seus esforços para fazê-la, será tido por maldito. Em Deuteronômio 27. 15 está escrito: “Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominável ao SENHOR, obra de artífice, e a puser em lugar oculto. E todo o povo responderá: Amém! ” Em termos muito fortes o profeta Jeremias disse: “Todo homem se tornou estúpido e não tem saber; todo ourives é envergonhado pela imagem que ele mesmo esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra ridícula; no tempo do seu castigo, virão a perecer. Jeremias 10:14-15”
O nosso Deus nunca admitiu a adoração ou qualquer tipo de veneração a imagens de escultura. São diversas passagens na lei que proibia essa prática. Em Levítico está escrito: “Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem coluna, nem poreis pedra com figuras na vossa terra, para vos inclinardes a ela; porque eu sou o SENHOR, vosso Deus. Levítico 26:1”
As imagens de escultura são a mais pura expressão da mentira.        Jeremias 51:17 diz, “Todo homem se tornou estúpido e não tem saber; todo ourives é envergonhado pela imagem que esculpiu; pois as suas imagens são mentira, e nelas não há fôlego. Vaidade são, obra ridícula; no tempo do seu castigo, virão a perecer. Jeremias 51:17-18” E para retratar a insignificância da imagem de escultura, enfaticamente  o profeta declara: “Jeremias 10:5 Os ídolos são como um espantalho em pepinal e não podem falar; necessitam de quem os leve, porquanto não podem andar. Não tenhais receio deles, pois não podem fazer mal, e não está neles o fazer o bem. ” São palavras bíblicas, inspiradas, reprovações vindas diretas da parte daquele que criou as leis para que andássemos nelas.
Seguindo a leitura desse segundo mandamento encontramos o Senhor dizendo assim: “Êxodo 20:4     Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Semelhança do que há em cima nos céus. Deus está proibindo o homem de fazer para adoração, imagens de coisas e seres que estão nos céus. Quais seriam essas coisas? No céu trono de Deus você tem a trindade que é composta por Deus Pai, Deus Filho a segunda pessoa da trindade e Deus Espírito Santo que é a terceira pessoa da trindade, e que normalmente é retratada por aqueles que são idólatra por uma pomba. No entanto, a bíblia proíbe essa retratação como forma de devoção.  Esses seres estão no céu, para que se entenda com maior clareza, uso a expressão “céu trono de Deus”. Mas no céu, firmamento, esse universo que pode ser estudado e explorado pelo homem, existe elementos como os corpos celestes, que não podem ser retratados com vistas a adoração. Daí o mandamento proibir dizendo nem semelhança alguma do que há em cima nos céus. Nesse céu universo, firmamento, estão os planetas, os astros, etc.
A bíblia fala de pessoas que eram da cidade de listra, e que violavam esse segundo mandamento, porque eram adoradores de júpter e mercúrio. Essas pessoas chegaram até a acreditar que esses deuses da mitologia grega tivessem descido do céu nas pessoas de Barnaber e Paulo.
Existiam também os adoradores do sol, que a bíblia proibia veementemente tal prática. “Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, coisas que o SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus. Deuteronômio 4:19.” Avançando um pouco mais a leitura do segundo mandamento temos: “Êxodo 20:4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” Na terra temos: Pessoas que hoje são objeto de adoração como São Paulo, São Pedro, Maria mãe de Jesus e outros tantos. Essas pessoas foram dignas de admiração, mas, a bíblia proíbe que se faça imagens delas ou as adore. É pecado. Ainda na terra, temos as plantas, os mares, oceanos e os animais. Há uma crença denominada panteísmo, que está presente em todos os lugares, e poucos a conhecem. O Panteísmo, ensina que Deus é tudo e tudo é Deus. Essa crença adora a natureza, daí você escutar muitas pessoas dizerem, temos que zelar pela mãe natureza. Essa declaração é panteísta, e tem muita gente sem saber comungando desse pensamento. Facilmente você encontra pessoas dizendo: Deus é uma arvore, o mar, a natureza. Principalmente no oriente, existem muitos adoradores de animais como a vaca, o macaco e outros animais que são considerados sagrados. O mesmo princípio vale para os animais marinhos. É pecado! Esse verso 4 está completamente esclarecido em Deuteronômio 4:15 “Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de algum volátil que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Guarda-te não levantes os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, sejas seduzido a inclinar-te perante eles e dês culto àqueles, coisas que o SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus. Porque todas essas proibições? No verso 5 temos a justificação: “v. 5 eu sou o Senhor e sou zeloso” veja o verso 5. “Êxodo 20:5 Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” A bíblia relata que há em Deus, um cuidado para que seu nome não seja maculado. “Ezequiel 36:23 Vindicarei a santidade do meu grande nome, que foi profanado entre as nações, o qual profanastes no meio delas; as nações saberão que eu sou o SENHOR, diz o SENHOR Deus, quando eu vindicar a minha santidade perante elas.”
Por fim, o segundo mandamento termina dizendo: “Êxodo 20:5       Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem  
Êxodo 20:6     e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”
Nesses versos, vemos Deus manifestando sua intolerância sobre as gerações de ímpios, e no verso 6 mostra sua benevolência para com as gerações daqueles que o amam.
Portanto, esse segundo mandamento, exige rigorosa separação e rejeição a toda e qualquer forma de adoração que não esteja em conformidade com as Escrituras Sagradas. Por mais que uma pessoa ou um grupo de pessoas estejam ou sejam sinceras, se o ato de culto não seguir as normas bíblicas, se constitui na transgressão do segundo mandamento. O próprio Deus mesmo disse: “Deuteronômio 12:32  Tudo o que eu te ordeno observarás; nada lhe acrescentarás, nem diminuirás.” 
As vezes as pessoas dizem: Mas a intenção é servir ao Deus verdadeiro! Mesmo assim, se o ato de culto ainda que bem intencionado, for direcionado ao Deus verdadeiro, se não for segundo as normas bíblicas constitui-se grande pecado e não contará com a aprovação de Deus.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

NINGUÉM EXPLICA DEUS

Constantemente tenho afirmado que a música evangélica (gospel) vive um dos piores momentos de crise. Quase sempre as composições não refletem as verdades explicitas nas Escrituras, e mesmo assim são incluídas nos chamados grupos de louvor das igrejas, e cantadas sem o menor critério bíblico. Isso acontece porque o conhecimento dos que conduzem as canções nos cultos públicos, está muito aquém do exigido para aqueles que estão assumindo tal responsabilidade.

Antes de fazer uma breve análise em uma das inúmeras músicas que considero problemáticas teologicamente, entendo ser necessário explicar ainda que de forma extremamente suscita, a doutrina da transcendência e imanência de Deus.
          Em linhas gerais, a transcendência de Deus ensina que sendo Deus criador, encontra-se infinitamente acima daquilo que foi criado, e impossível de alguma forma ser alcançado. Inclusive o ser humano é claro. E a imanência de Deus, ensina que apesar dele transcender sua criação, ele se envolve com ela se se deixa conhecer por meio de sua revelação.
Diante disso, vamos analisar uma música que em minha opinião tem uma melodia muito atraente, porém com uma letra altamente contraditória.
          A música em questão é intitulada, NINGUÉM EXPLICA DEUS. Para muitos, ela é considerada uma música perfeita, repleta de UNÇÃO. Mas, como pode ser perfeita, se ela contraria as Escrituras? Como afirmar que ninguém explica Deus se o próprio cristo o explicou quando disse, Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. João 4:24? Como afirmar que ninguém explica Deus se o apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo explicou o Senhoril de Cristo, destacando sua eternidade, sua imortalidade e sua unicidade? Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém! 1 Timóteo 1:17. E no capítulo seis Paulo continua explicando a grandeza do Senhor dizendo: O único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém! 1 Timóteo 6:16. Ao escrever a igreja de Roma, Paulo diz que só é possível invocar a Deus se crer nele e diz que só é possível crer se ouvir a seu respeito, e quando se ouve a respeito de Deus, naturalmente recebe-se explicação sobre seu ser. Rm. 10. 14 isso é óbvio.
          Quando o autor da música intitulada “Ninguém explica Deus” diz que todo o universo se formou no falar de Deus ele está na verdade explicando que Deus é criador. Quando diz que Deus é Dono de toda ciência, sabedoria e poder, ele está explicando a soberania de Deus. Quando diz que antes que o haja houvesse Ele já era Deus, está explicando sua eternidade. O autor dar todas essas explicações sobre Deus e logo em seguida diz “canta”: Ninguém explica Deus? Ora! Mas ele acabou de dar uma série de explicações sobre Deus e como diz que ninguém o explica?
          Outro problema encontrado nessa composição é a afirmação imprecisa, obscura, de que Deus se revelou aos seus do crente ao ateu... Como assim? Quem são esses seus? São aqueles que deus escolheu para herdar a vida eterna? Entre esses encontram-se aqueles que se declaram crentes e os não reconhecem sua santidade, existência e soberania? O que na verdade o autor está dizendo? A bíblia diz no Salmo 25:14 A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele dará a conhecer a sua aliança.  Só a esses, e mais ninguém. A revelação de Deus aos ímpios se deu apenas por meio das coisas que foram criadas, Sl. 19; mas essa revelação não é salvífica.
          O nosso louvor reflete o conhecimento que temos de Deus. E nós adoramos aquele que conhecemos Jo. 4. 22.
          Resumindo o que expomos até aqui, é assim: Nós não conhecemos a Deus em sua totalidade (sua transcendência total e completa) por que ai seríamos deuses. Mas, ele se relaciona conosco, e o que dele conhecemos, conhecemos por que nos foi explicado.
          Por fim, quero chamar sua atenção para a passagem de Atos 8.31. Quando Felipe perguntou ao eunuco se ele estava compreendendo as escrituras (ele estava lendo sobre o Deus filho) O eunuco questionou: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. Após a explicação, veio o desfecho final: Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Atos 8. 36-37.
          Portanto, não se deleite apenas nas melodias. Analise as letras, observe se elas estão em harmonia com as Escrituras, e só depois abra a sua boca e louve ao Senhor.
Em Cristo Jesus Senhor nosso

Eleição incondicional! Uma verdade incontestável

sexta-feira, 29 de outubro de 2010


            A eleição incondicional, é um dos pilares de sustentação da teologia reformada. Trata-se da doutrina bíblica, que aborda a forma livre e soberana com que Deus em sua infinita graça e misericórdia, escolheu parte da humanidade caída, para ser co-herdeira com Cristo do seu reino de glória. Em toda a bíblia, é possível encontrar inúmeras passagens que atestam essa inequívoca verdade. No evangelho de João, encontra-se uma das mais extraordinárias passagens bíblicas que atestam à veracidade do fato. Disse Jesus: “João 15:16 não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”. Diante de passagens como essas, o clássico apelo “quem quer aceitar a Jesus como o seu salvador?”, normalmente realizada pelos adeptos do arminianismo, torna-se completamente desprovida de fidelidade bíblica, uma vez que o próprio Jesus afirmou que a referida escolha, não é uma iniciativa humana.

O apóstolo Paulo ao escrever a sua carta a igreja de Roma, (a mais teológica das cartas) trata exaustivamente sobre essa doutrina, e diz: “Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia”.
          A eleição incondicional enaltece a soberania de Deus, e destaca a incapacidade do homem em fazer algo que seja capaz de livrá-lo da condenação eterna.
Todos os que fazem parte hoje do reino de Deus, foram por ele predestinados (escolhidos), e no tempo por Deus determinado foram chamados, e justificados. Rm. 8.30 e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. À luz desse texto, observa-se que em todos os casos, o homem (sujeito passivo) sofre a ação de Deus, (Sujeito ativo) jamais o inverso.
          Ao negar a eleição incondicional o homem comete vários pecados, entre eles a atribuição de inverdades e contradições nas Escrituras Sagradas. Se o próprio cristo disse, Jo. 15.16 - Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós... Estaria o Senhor dizendo uma inverdade? Obviamente que não! Não o escolhemos, ele que nos escolhe e nos aceita e seu reino de glória. De igual modo o apóstolo Paulo nos diz, “assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade. Ef. 1.4-5
          Outro grave pecado o homem comete ao negar a doutrina da eleição incondicional, é a atribuição de falhas aos planos e decretos de Deus. Se a vontade de Deus é que absolutamente todos os homens indistintamente sejam salvos, como ensina a teologia arminiana, o que não acontecerá, e sabemos disso, inevitavelmente não podemos deixar de questionar: O plano de Deus falhou? Claro que não! A bíblia diz Jô. 42. 2 – Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Se houvesse em Deus a vontade (um plano) Salvífico para todos os seres humanos indistintamente, sem sombra de dúvidas todos seriam salvos, quem pois poderia impedir o agir de Deus? Is. 43.13 - Agindo eu, quem o impedirá?
          Não tem como fugir da realidade bíblica! Deus não falha, não mente e não muda. A eleição incondicional é uma verdade, incontestável. E todos que a negam estão em grande pecado. Que o Senhor tenha misericórdia dos que assim procedem.
         Deus seja louvado.
         Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

A RECONSTRUÇAO DA ALMA

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. Jo. 3.7
          A vida espiritual do homem pode ser comparada a construção de um edifício. As atitudes humanas, seus conceitos e valores, são como tijolos usados nessa construção. O grande problema, é que cada ser humano existente na face da terra é um edifício erguido com enormes trincas em suas paredes, as quais vieram a existir como consequência de uma estrutura problemática, um alicerce deficiente. Essas trincas, quando cobertas com massas, causam a falsa impressão de que tudo está muito bem, mas na verdade tal edifício pode ruir a qualquer momento. Não há construção que resista, quando sua estrutura, está condenada.
      Quando Adão pecou lá no jardim do Éden, condenou toda a raça humana a escravidão do pecado. Seu ato inconsequente foi à causa principal da exposição humana a toda espécie de tentação maligna, e rebeldia contra o criador. A partir de então, o ser humano passou a existir no mundo como um edifício com trincas nas paredes, provocadas por problemas na estrutura. E, a única forma de solucionar esse problema, é a demolição total do edifício, e a reconstrução de um novo alicerce, e novas paredes.
      O Senhor Jesus disse tudo isso ao usar a expressão, “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.” Não adianta o homem passar por uma transformação externa se o seu interior não mudar. Se não houver uma regeneração verdadeira em seu interior, a mera mudança externa equivale à atitude de um construtor imprudente que resolveu passar massa numa parede cheia de trincas, com a finalidade de mudar apenas a aparência. Certamente tal construção cairá.
      Por essa razão, aqueles que possuem a responsabilidade de anunciar o evangelho da graça regeneradora, devem cuidar, para que não caiam na tentação de produzir sermões em série, cujo conteúdo visa massagear o ego das pessoas, fazendo com que elas sintam-se bem, porque isso não adianta. 
      Restaurar a autoestima de uma pessoa sem que tal criatura prove o real arrependimento, pode ser extremamente danoso para sua alma. Um dia, o Senhor Jesus virá como juiz, e não poupará quaisquer espécies de impiedade revestida de uma aparência cristã. Antes, devemos pregar, que todo homem deve se arrepender de seus pecados, deixar seus maus caminhos, e confessar o Senhor Jesus como único e suficiente salvador de sua vida, para que possa herdar a eternidade com os santos de Deus, no reino dos céus. “Tem que nascer de novo” disse Jesus. Esse novo nascimento consiste na remoção da estrutura danificada, e na nova construção realizada pelo Espírito Santo de Deus no velho homem, transformando-o em uma nova criatura, para glória de Deus pai. Deus tira o coração pedra, e coloca um novo coração, um coração de carne, sensível a sua voz. A velha natureza é substituída pela nova natureza, o velho se faz novo e tudo muda.
Deus seja louvado.                       

QUEM DESEJA ACEITAR JESUS?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


      Esses dias uma senhora ao conversar comigo sobre uma visita que fez a uma das igrejas evangélicas de sua cidade, demonstrou seu desconforto, no momento em que a reunião naquela igreja terminou, e o líder religioso que estava à frente do trabalho publicamente a perguntou: “Você deseja aceitar Jesus com seu salvador?” o “apelo” repetiu-se por longos quinze minutos, que mais parecera uma eternidade! Tais palavras eram repetidas insistentemente, enquanto todos a olhavam esperando uma resposta a pergunta que lhe era feita. Constrangida, e cercada por curiosos que pegavam seu braço no intuito de levantá-lo como um sinal visível de aceitação. Aquele foi para ela, o pior momento de sua vida. Ela não sentia paz no coração, muito menos regozijo por ser conduzida praticamente à força para frente do altar daquela igreja. Não como uma serva reconhecendo a soberania do seu Senhor, e sim, como uma "novilha" sendo levada para o sacrifício.
      Cenas como essa, repetem-se com frequência em muitos lugares. Além de causar extremo constrangimento, fere frontalmente à sã doutrina. 
     Existem centenas de líderes oferecendo o Senhor Jesus, como se ele fosse uma mercadoria que se coloca na frente de uma loja em promoção, no final do estoque. Esquecem-se de que o homem não tem o poder ou a capacidade de escolher a Cristo, o senhor deixou essa verdade absoluta muito clara quando disse, em João 15:16 “Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós...” A impressão que temos, é que muitos pregadores da atualidade, não se conformam com a pregação da autentica palavra de Deus, eles necessitam apelar para o extra bíblico, (apelo) como se pudessem dar uma forcinha ao Espírito Santo de Deus, para que uma ou mais vidas sejam regeneradas.
     Como igreja, devemos proclamar o evangelho da graça, sem apelar para métodos e invenções humanas, e, confiar na obra do Espírito Santo de Deus, que é o único que convence o homem. “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo Jo. 16.8”.
Que o Senhor tenha misericórdia dos que se utilizam desses métodos biblicamente infundados
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

O PASTOR E A POLÍTICA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
1 Timóteo 3.1
          Observando as propagandas eleitorais no rádio e na televisão, é possível perceber que existem muitos pastores envolvidos no mundo político. É claro que um ministro eclesiástico é um cidadão como todos os outros, e portanto tem o direito de interessar-se pelo bem estar de sua nação, estado ou município. No entanto é pertinente ressaltar a incompatibilidade existente o ministério pastoral e o envolvimento e a política secular. É certo que tanto a igreja, quanto os cargos públicos, necessitam de homens piedosos, com os corações cheios de temor a Deus. Mas cada peça deve ser colocada em seu divido lugar, para não causar danos às partes.
          Ser pastor, é uma tarefa árdua, exige-se muita entrega e dedicação e à função.
          Torna-se difícil entender como é possível um ministro eclesiástico tornar-se um político eficiente em território nacional, e, simultaneamente pastorear a igreja do Senhor. Como tal pessoa irá suprir as carências espirituais do seu rebanho? Como dar assistência aos novos conversos que surgirem na congregação? Como elaborar os sermões que por si só exigem tempo e dedicação especial para ministrá-los nas várias reuniões da semana? Como irá visitar os enfermos? Conciliará as seções de aconselhamento na igreja ou mesmo nos lares, com as várias seções que existem nas câmaras federais, estaduais, ou no Senado federal?
          Possivelmente, os muitos pastores que disputam cargos políticos, não pararam ainda para fazer uma análise introspectiva, com o objetivo de descobrir o que realmente Deus quer para as suas vidas. Se tais candidatos deixassem os objetivos pessoais de lado, e fossem transparentes consigo mesmos, perguntariam: Deus me chamou para o ministério pastoral ou para ser um político em minha nação? Ou, minha função é apascentar o rebanho do Senhor, ou governar meu estado, município etc.
          Uma análise mais aprofundada sobre essa questão, possivelmente levaria muitos pastores que desejam concorrer a cargos públicos, a repensar seriamente em seus ministérios. Afinal, todo líder eclesiástico deve entender que a igreja do Senhor necessita de pastores para que por meio da ministração das Escrituras, cresça na graça e no conhecimento do Senhor e não de políticos. Se, porém, a obsessão por um cargo público persistir no coração do pastor, possivelmente seja uma indicação de que está na hora da liderança da igreja, ser contatada, com a finalidade de providenciar um licenciamento ou substituição pastoral, uma vez que tanto a política quanto o ministério pastoral exigem certo grau de exclusividade, para que as partes não fiquem desassistidas, ou negligenciadas, que é o que tem acontecido.   
          Não há nada mais sublime e honroso, do que desenvolver o ministério pastoral. Nenhum cargo público é mais nobre do que apascentar o rebanho do Senhor. E todo pastor, consciente do seu chamado ministerial, deve contentar-se com sua função, uma vez que segundo o apóstolo Paulo, “se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

 
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