O QUARTO MANDAMENTO

sábado, 13 de agosto de 2016



Êxodo 20. 8-11
8. Lembra-te do dia de Sábado, para o santificar. 9. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. 10. Mas o sétimo dia é o Sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; 11. Porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.  Êxodo 20. 8-11
Esse mandamento tem sido bastante discutido entre as comunidades cristãs em todo o mundo. É comum vez por outra você ouvir pessoas perguntando: Temos que guardar o Sábado, ou não? É certo cultuar no domingo? Ou porque não guardamos o dia de Sábado como a bíblia determina que seja guardado? Essas e outras questões deverão ser respondias sempre à luz das escrituras Sagradas. 
Ao lermos o quarto mandamento, a primeira observação que precisamos fazer, é a de que esse mandamento se distingue de todos os outros mandamentos dessa lista descrita em êxodo 20, por conta de seu duplo aspecto. O quarto mandamento tem em si o aspecto cerimonial, que é aquele aspecto que foi instituído por Deus para ser executado pela nação de Israel, por um período de tempo determinado. Todos os atos cerimoniais, apontavam para uma realidade espiritual que futuramente iria se cumprir na pessoa de Cristo. Por exemplo: A festa da páscoa era um rito cerimonial, em que um cordeiro era oferecido como oferta ao Senhor. Esse cordeiro deveria atender as características determinadas por Deus em sua lei. Em Levítico 23. 12 explica exatamente como deveria ser essa oferta. “Levítico 23:12    no dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. no dia em que moverdes o molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR.” Toda essa perfeição exigida por Deus para o animal que seria ofertado, era porque ele era um tipo de Cristo, ele apontava ou representava a Cristo. João explica ao dizer: “João 1:29 No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” O quarto mandamento tinha esse aspecto cerimonial, ele também apontava para Cristo. Ele falava de um descanso que futuramente o homem viveria em sua plenitude, e esse descanso era Cristo, o filho de Deus, e não o dia literalmente. Muito pelo contrário! O dia era de muito trabalho, muitas ofertas, muita dedicação do povo de Deus ao serviço sagrado. Os judeus abriam mão das suas atividades diárias, aquelas que traziam lucros, para si mesmos; e, se dedicavam com exclusividade ao serviço sagrado. Esse serviço sagrado, incluía: os sacrifícios e as ofertas. Todos esses rituais, apontavam para Cristo e sua vinda gloriosa. Ou seja, o descanso que Cristo traria ao seu povo escolhido. Foi por isso que o apostolo Paulo escrevendo aos Colossenses disse: “Colossenses 2:16       Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados,   Colossenses 2:17       porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.
O judeu guardava o sétimo dia, o Sábado, numa atitude de fé, crendo e aguardando o cumprimento da promessa de um libertador, que Deus havia prometido de forma tipológica, simbólica lá no jardim do Eden, quando disse “Gênesis 3:21       Fez o SENHOR Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu.
Esse aspecto cerimonial no quarto mandamento, que apontava para Cristo, e falava de salvação, de redenção, de aceitação de Deus, tudo isso ensina que o sábado, é um ritual, que o judeu guardava, pela fé o seu cumprimento. Por essa razão, dizemos que Cristo descansou após a sua morte e ressureição, e a igreja neotestamentária, isso inclui todos nós, iniciamos o descanso juntamente com ele, também pela fé. Por que o descaso final da igreja ainda está por vir. Foi por isso que o Escritor aos Hebreus disse: “Hebreus 4:9  Portanto, resta um repouso para o povo de Deus.” Aqui a gente ainda luta contra o pecado, nós estamos em guerra constante contra as forças espirituais do mal, literalmente nosso descanso não é aqui. Mas, certamente, virá um dia em que descansaremos com o Senhor Jesus que é o nosso descanso, ele é o nosso Sábado, nosso descanso. Esse é o primeiro aspecto do quarto mandamento.
Mas, há também nesse quarto mandamento, o aspecto moral. Esse aspecto moral, diz respeito aquilo que Deus determinou, como estatuto perpétuo. A determinação divina, que competia ao judeu observar, praticar, mas que também é competência nossa. Em se tratando do Sábado, o princípio moral é de um dia em sete, para a adoração coletiva ao Senhor. A igreja apostólica, entendeu que o domingo deveria ser esse dia. Por isso encontra-se algumas passagens bíblicas indicando que a igreja primitiva, se reunia no domingo (primeiro dia) para o culto coletivo e não mais no Sábado. Veja por exemplo: “Atos 20:7       No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem No dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.” Em Coríntios está escrito: “1 Coríntios 16:1    Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia.  
1 Coríntios 16:2 No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” Esse era portanto, o princípio moral do sábado, um dia em que a igreja se reunia para todos juntos cultuar ao Senhor Deus. Isso implica em ouvir a ministração da palavra, participar dos sacramentos, {ceia e batismo} enfim, todos os atos de culto. Esse é o princípio moral do Sábado, e que não se pode negligenciar. Por essa razão a bíblia diz: “Hebreus 10:25 Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.
Diante de tudo isso, pergunta-se: É pecado cultuar no dia de Sábado? Ou se a igreja cultuar no domingo é pecado? Bom! Em Colossenses diz assim: “Colossenses 2:16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados,   Colossenses 2:17     porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” Por que então a igreja primitiva mudou o dia, se não há um mandamento estipulando essa mudança? Bom! É preciso que se entenda, que tudo aquilo que foi instituído no Antigo Testamento e não possui caráter normativo para a igreja contemporânea, o Novo Testamento revoga sua observância. “Números 19:2   Esta é uma prescrição da lei que o SENHOR ordenou, dizendo: Dize aos filhos de Israel que vos tragam uma novilha vermelha, perfeita, sem defeito, que não tenha ainda levado jugo.  
Números 19:3    Entregá-la-eis a Eleazar, o sacerdote; este a tirará para fora do arraial, e será imolada diante dele.  
Números 19:4    Eleazar, o sacerdote, tomará do sangue com o dedo e dele aspergirá para a frente da tenda da congregação sete vezes. 
Números 19:5    À vista dele, será queimada a novilha; o couro, a carne, o sangue e o excremento, tudo se queimará.
Números 19:6    E o sacerdote, tomando pau de cedro, hissopo e estofo carmesim, os lançará no meio do fogo que queima a novilha.” Esse tipo de ritual ou cerimonia, não deve ser mais praticado, porque o Novo Testamento revoga essa prática. “Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados. Hebreus 9:11-15” O Velho Testamento ordena a realização da cerimonia, mas, essa prática deveria ser observada só até o cumprimento da promessa que era Cristo. Quando Cristo veio ao mundo e carne, e foi inaugurada a segunda aliança, então o Novo Testamento não mais sacrifica esses animais, por que Cristo é o mediador, e não precisa mais de símbolos porque sua vinda já se concretizou, ele já veio, já derramou seu sangue, como os ritos cerimonias ensinavam, tudo já se cumpriu em cristo.
Portanto, falando desse princípio moral dizemos que Deus o pai, a primeira pessoa da trindade, descansou no sétimo dia de toda a sua obra que fizera, “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera. Gênesis 2:1-3 ” E Cristo, o filho, a segunda pessoa da trindade, descansou não no sábado, mas no primeiro dia da semana, o domingo, após concluir a obra de redenção. Ele ressuscitou ao terceiro dia de sua morte, e o terceiro dia de sua morte foi o domingo. “João 19:28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! 
João 19:30   Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.” Nada restava para ser redimido. Quando ele ressuscitou ressuscitamos com ele. “Efésios 2:6      e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
Portanto, jamais devemos nos esquecer, que o quarto mandamento, tem dois aspectos. O cerimonial, que não devemos mais observar porque ele apontava para Cristo e Cristo já veio. E tem também o aspecto moral que é o ajuntamento solene. É por isso que devemos amar nos reunir, para louvar e cultuar ao nosso Deus.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso. 

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