Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
1 Timóteo 3.1
Observando as propagandas eleitorais no rádio e na televisão, é
possível perceber que existem muitos pastores envolvidos no mundo
político. É claro que um ministro eclesiástico é um cidadão como todos
os outros, e portanto tem o direito de interessar-se pelo bem estar de
sua nação, estado ou município. No entanto é pertinente ressaltar a
incompatibilidade existente o ministério pastoral e o envolvimento e a
política secular. É certo que tanto a igreja, quanto os cargos públicos,
necessitam de homens piedosos, com os corações cheios de temor a Deus.
Mas cada peça deve ser colocada em seu divido lugar, para não causar
danos às partes.
Ser pastor, é uma tarefa árdua, exige-se muita entrega e dedicação e à função.
Torna-se difícil entender como é possível um ministro eclesiástico
tornar-se um político eficiente em território nacional, e,
simultaneamente pastorear a igreja do Senhor. Como tal pessoa irá suprir
as carências espirituais do seu rebanho? Como dar assistência aos novos
conversos que surgirem na congregação? Como elaborar os sermões que por
si só exigem tempo e dedicação especial para ministrá-los nas várias
reuniões da semana? Como irá visitar os enfermos? Conciliará as seções
de aconselhamento na igreja ou mesmo nos lares, com as várias seções que
existem nas câmaras federais, estaduais, ou no Senado federal?
Possivelmente, os muitos pastores que disputam cargos políticos, não
pararam ainda para fazer uma análise introspectiva, com o objetivo de
descobrir o que realmente Deus quer para as suas vidas. Se tais
candidatos deixassem os objetivos pessoais de lado, e fossem
transparentes consigo mesmos, perguntariam: Deus me chamou para o
ministério pastoral ou para ser um político em minha nação? Ou, minha
função é apascentar o rebanho do Senhor, ou governar meu estado,
município etc.
Uma análise mais
aprofundada sobre essa questão, possivelmente levaria muitos pastores
que desejam concorrer a cargos públicos, a repensar seriamente em seus
ministérios. Afinal, todo líder eclesiástico deve entender que a igreja
do Senhor necessita de pastores para que por meio da ministração das
Escrituras, cresça na graça e no conhecimento do Senhor e não de
políticos. Se, porém, a obsessão por um cargo público persistir no
coração do pastor, possivelmente seja uma indicação de que está na hora
da liderança da igreja, ser contatada, com a finalidade de providenciar
um licenciamento ou substituição pastoral, uma vez que tanto a política
quanto o ministério pastoral exigem certo grau de exclusividade, para
que as partes não fiquem desassistidas, ou negligenciadas, que é o que
tem acontecido.
Não há nada mais
sublime e honroso, do que desenvolver o ministério pastoral. Nenhum
cargo público é mais nobre do que apascentar o rebanho do Senhor. E todo
pastor, consciente do seu chamado ministerial, deve contentar-se com
sua função, uma vez que segundo o apóstolo Paulo, “se alguém aspira ao
episcopado, excelente obra almeja”.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.
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