O PASTOR E A POLÍTICA

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja.
1 Timóteo 3.1
          Observando as propagandas eleitorais no rádio e na televisão, é possível perceber que existem muitos pastores envolvidos no mundo político. É claro que um ministro eclesiástico é um cidadão como todos os outros, e portanto tem o direito de interessar-se pelo bem estar de sua nação, estado ou município. No entanto é pertinente ressaltar a incompatibilidade existente o ministério pastoral e o envolvimento e a política secular. É certo que tanto a igreja, quanto os cargos públicos, necessitam de homens piedosos, com os corações cheios de temor a Deus. Mas cada peça deve ser colocada em seu divido lugar, para não causar danos às partes.
          Ser pastor, é uma tarefa árdua, exige-se muita entrega e dedicação e à função.
          Torna-se difícil entender como é possível um ministro eclesiástico tornar-se um político eficiente em território nacional, e, simultaneamente pastorear a igreja do Senhor. Como tal pessoa irá suprir as carências espirituais do seu rebanho? Como dar assistência aos novos conversos que surgirem na congregação? Como elaborar os sermões que por si só exigem tempo e dedicação especial para ministrá-los nas várias reuniões da semana? Como irá visitar os enfermos? Conciliará as seções de aconselhamento na igreja ou mesmo nos lares, com as várias seções que existem nas câmaras federais, estaduais, ou no Senado federal?
          Possivelmente, os muitos pastores que disputam cargos políticos, não pararam ainda para fazer uma análise introspectiva, com o objetivo de descobrir o que realmente Deus quer para as suas vidas. Se tais candidatos deixassem os objetivos pessoais de lado, e fossem transparentes consigo mesmos, perguntariam: Deus me chamou para o ministério pastoral ou para ser um político em minha nação? Ou, minha função é apascentar o rebanho do Senhor, ou governar meu estado, município etc.
          Uma análise mais aprofundada sobre essa questão, possivelmente levaria muitos pastores que desejam concorrer a cargos públicos, a repensar seriamente em seus ministérios. Afinal, todo líder eclesiástico deve entender que a igreja do Senhor necessita de pastores para que por meio da ministração das Escrituras, cresça na graça e no conhecimento do Senhor e não de políticos. Se, porém, a obsessão por um cargo público persistir no coração do pastor, possivelmente seja uma indicação de que está na hora da liderança da igreja, ser contatada, com a finalidade de providenciar um licenciamento ou substituição pastoral, uma vez que tanto a política quanto o ministério pastoral exigem certo grau de exclusividade, para que as partes não fiquem desassistidas, ou negligenciadas, que é o que tem acontecido.   
          Não há nada mais sublime e honroso, do que desenvolver o ministério pastoral. Nenhum cargo público é mais nobre do que apascentar o rebanho do Senhor. E todo pastor, consciente do seu chamado ministerial, deve contentar-se com sua função, uma vez que segundo o apóstolo Paulo, “se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja”.
Em Cristo Jesus, Senhor nosso.

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